sábado, 19 de abril de 2014

Tiradentes, Inconfidentes e suas boticas.

No dia 21 de abril de 2014 comemoraremos os 54 anos de Brasília e lembraremos dos 222 anos da morte de Joaquim José da Silvia Xavier – conhecido como Tiradentes. Este Blog, nesta breve homenagem, não tentará falar sobre a importância do mártir e líder da Inconfidência Mineira, pois isso está presente na mente de todos os brasileiros que se orgulham da história de nosso país. Além de aprendermos sobre ele nos bancos escolares, diversos sites já contam essa importante passagem com muito mais propriedade do que poderíamos tratar aqui.

Motivado pela importância de resgatarmos os momentos históricos fundamentais da construção da democracia no Brasil, aproveitei a data para relembrar do nosso patrono cívico. É fato que este Blog prima por tentar apresentar fatos históricos a partir de sua relação com a história da saúde e, se possível, com a história da profissão farmacêutica. E com este espírito que queremos destacar a Inconfidência Mineira a partir de pontos que alguns não conhecem. Creio que muitos sabem do que iremos tratar principalmente os mineiros, conhecidos pelo espírito cívico e pelo orgulho em contar a história da linda Minas Gerais.

Para os que não sabem, além de tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político, Tiradentes também aprendeu atividades farmacêuticas, pois foi sócio de uma Botica em Vila Rica. Como é de conhecimento geral, sua alcunha se deu em virtude de sua relação com a profissão de dentista. Foi sob a tutela de um primo cirurgião (alguns sites destacam que ficou sob a tutela de um padrinho), após o falecimento de sua mãe, em 1767 e de seu pai em 1769, quando tinha 11 anos de idade, Joaquim acabou por se dedicar ao exercício da profissão do primo. Entre as atividades desenvolvidas, Tiradentes também tornou-se sócio de uma botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica - hoje Ouro Preto. Para facilitar a sua localização, destaco o que disse o site www.pousadaemouropreto.com.br. Ele diz que a Ponte do Rosário é “também chamada de Ponte do Caquende, por estar construída sobre o córrego de mesmo nome”. Diz ainda que sua localização ficaria na hoje conhecida Rua Bernardo Guimarães. Segundo o site www.e-biografias.net, Joaquim “se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu o apelido de Tiradentes”.  

Vale destacar que Tiradentes foi o único inconfidente condenado à morte. Os demais tiveram outras penalidades. Diz o site www.revistadehistoria.com.br : “Dos condenados ao degredo na costa africana oriental, Salvador Carvalho do Amaral Gurgel, o mais jovem entre os inconfidentes, foi o último a morrer, aos 50 anos, em 1812. Depois de atuar como cirurgião e de ocupar o cargo de vereador da vila de Inhambane, Gurgel seria transferido, em 1804, para o regimento de infantaria da Ilha de Moçambique, como cirurgião-mor. Em Inhambane deixaria fama entre a gente humilde, porque fabricava medicamentos na botica do regimento e os distribuía entre os pobres, sem cobrar nada”.

Óbvio que não se busca aqui criar uma relação entre a Inconfidência e a profissão farmacêutica, mas que o espírito corporativo fala alto quando estabelece uma ponte com o passado de nossa profissão, isso é verdade. Bom, fica mais uma destaque de uma parte de nossa história.

Fonte:

Imagem:


Nenhum comentário: