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quinta-feira, 5 de junho de 2014

Ministério da Saúde lança aplicativo "Saúde na Copa"

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, lançou nesta terça-feira (27) o aplicativo Saúde na Copa, iniciativa que irá aprimorar a vigilância participativa no Sistema Único de Saúde (SUS), permitindo a detecção mais rápida de doenças durante a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. A ferramenta já está disponível para download, gratuitamente, nas lojas virtuais Play Store e Apple Store nos idiomas português, inglês e espanhol. O aplicativo é destinado aos torcedores brasileiros e estrangeiros e foi lançado durante a apresentação do Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (CIOCS), em Brasília.

Na prática, os torcedores poderão ajudar técnicos do SUS a mapear ocorrências de sintomas similares em uma determinada localidade. Para isso, o torcedor indicará diariamente qual é a sua condição de saúde (muito bem, bem, mal ou muito mal). A partir dos resultados, o Ministério da Saúde, em conjunto com os governos municipais e estaduais poderá adotar as providências necessárias para informar e proteger a população.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, destacou a importância da iniciativa em um evento como a Copa do Mundo, em que se espera a circulação de milhões de turistas brasileiros e estrangeiros nas 12 cidades-sede. “A estratégia é construir, junto com os torcedores brasileiros e estrangeiros, um processo de monitoramento que possa identificar precocemente tendências de síndromes ou mesmo enfermidades transmissíveis. Desta forma, conseguimos antecipar o processo de intervenção, o que é essencial para o atendimento eficaz. Por isso a importância da sociedade contribuir no processo de cuidado da saúde da comunidade neste projeto de vigilância participativa”, afirma.

O Centro Integrado de Operações Conjuntas de Saúde (CIOCS), do Ministério da Saúde, será responsável por acompanhar e analisar as informações coletadas por meio do aplicativo. O CIOCS será ativado em Brasília, nesta quarta-feira (28), na sede do Ministério, e irá monitorar a situação de saúde e a capacidade de atendimento de cada sede, além da demanda por atendimento e vigilância, bem como organizar respostas coordenadas durante o Mundial.

Caso o torcedor informe que não está bem, deverá indicar um ou mais sintomas em uma lista com dez sinais, como febre, falta de ar, náuseas, vômitos e dor de cabeça. O torcedor também deve informar se teve contato ou conhece alguém com algum dos sintomas descritos nos últimos sete dias e se procurou um serviço de saúde. Na medida em que muitos torcedores de uma mesma região informam sintomas semelhantes, as equipes de vigilância conseguem identificar possíveis causas e atuar na prevenção de forma mais ágil. É importante, contudo, que o torcedor procure atendimento especializado na unidade de saúde mais próxima.

Informaçõs úteis – Além de contribuir para o monitoramento da vigilância, o torcedor terá acesso a informações como localização dos hospitais públicos e privados, além de farmácias mais próximas, com auxílio de mapas. Também terá à disposição informações sobre cuidados de saúde e prevenção de doenças, com acesso direto ao Twitter do Ministério da Saúde e direcionamento para o Portal Saúde do Viajante, que contém dicas práticas e informações essenciais que ajudam os turistas nacionais e estrangeiros a proteger a sua saúde durante a viagem.

Ao instalar o aplicativo, o torcedor realiza um cadastro, que inclui o apelido, idade, sexo e e-mail e, ainda, indica uma senha para acesso a ferramenta. A partir disso, passa a colaborar com as equipes de vigilância. Na medida em que interage informando diariamente como está a sua saúde, evolui para categorias profissionais como jogador. De acordo com a carreira, as arenas também vão sendo modificadas. Se o torcedor informar a condição de saúde em dias de jogos, ganha 3 pontos, mas se atualizar em um dia sem jogos, adquire um ponto. Essa pontuação o ajudará a atingir o nível de jogador profissional.
O torcedor também poderá conhecer mais sobre as arenas e acompanhar o calendário dos jogos e locais de suas partidas e ainda terá a disposição telefones e endereços de consulados no Brasil.

A iniciativa pioneira é da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde em parceria com as cidades-sede dos jogos. O software do aplicativo foi doado pela Organização Não Governamental (ONG) Skoll Global Threats Fund, com apoio operacional da ONG Training in Public Health Intervention Network (Tephinet).


Fonte: Amanda Costa / Agência Saúde
Disponível em: 
http://www.blog.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=34005&catid=578&Itemid=122

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Pobreza e copa do mundo

Em época de copa do mundo, nada mais chama a atenção na mídia. Pegue seu controle remoto e gire todos os canais disponíveis. A cada 5, 6 estão falando dos jogos e do clima do torneio. Até os programas de culinária ensinam comidas típicas Africanas. Qualquer rodinha, por mais complexa em sua composição, acaba tratando de futebol. Afinal de contas, esse é um País com mais de 190 milhões de técnicos.
Esse é um momento perigoso, pois o mundo continua girando. A política come solta, já que agora não temos mais pré-candidatos. Todos são postulantes legitimados pela suas convenções, aos cargos eletivos. Até podem, alguns, não ter o candidato a vice, mas os “cabeças” nós conhecemos. E é aí que mora o perigo, pois notícias que deveriam chamar a atenção e suscitar debates são pormenorizadas e até ridicularizadas. Algumas me chamaram a atenção neste fim de semana. Saí de casa disposto a compartilhar novas informações com outrem. Hoje pela manhã, tentei falar sobre algumas delas na copa (no momento em que vivemos é bom explicar que a copa a qual me refiro é aquela pequena cozinha) em torno de fumegantes garrafas de café. Para introduzir-me no debate que envolvia o pequeno grupo, iniciei obviamente, com o assunto do momento. Numa breve pausa no falatório dos “comentaristas esportivos” que bebericavam suas doses diárias de cafeína, lancei uma observação pertinente sobre um dos adversários do Brasil: “Vocês sabiam que dos 23 jogadores da Coréia do Norte, 100% possuem nomes com três palavras? Vejam: RI Myong Guk, NAM Song Chol, HONG Yong Jo, PAK Chol Gin. Interessante né? Além disso, entre todos os convocados, 21,7% se chamam KIM. Só de goleiros, são dois. O técnico também atende por este nome”. Fez-se um silêncio sepulcral. Os poucos olhares lançados em minha direção esboçavam uma mescla de dúvida e com certa dose de pena. De repente, os presentes começaram a se afastar, com as desculpas mais esfarrapadas. Um único sobrevivente ao meu comentário, que só ficou em virtude de não conseguiu virar de uma vez seu copinho de café, ouviu meu segundo comentário: “Você viu o que saiu na Folha neste domingo? Se mantida a tendência de crescimento médio no governo Lula, o total de pobres deve cair à metade em 2014. No caderno “mercado”, foram duas páginas, com gráficos e tudo, falando sobre como tem diminuído a pobreza neste último período. E olha que não é comum ler essas coisas fora dos boletins oficiais”. O paciente ouvinte se dispôs a um simples levantar de sobrancelhas e disse sábias palavras, as quais nunca mais me esquecerei: “Hum”. Esmagou seu copinho, jogou no lixo e saiu em largos passos, para bem longe de mim.
Essa notícia me fez pensar em tantas coisas. Num fim de semana de convenções partidárias, num dia em que o número de leitores dos informativos semanais aumenta, uma informação como essa não deve ser desprezada. Na reportagem há uma entrevista com Marcelo Neri, Doutor em Economia pela Universidade de Princenton. Ele disse que o Brasil está reduzindo a pobreza em ritmo de 10% nos últimos 12 meses. A meta do Milênio, das Nações Unidas, é reduzir 50% em 25 anos. “Portanto, estamos fazendo 25 anos em 5”, disse o economista. Pensei em quantos adjetivos foram atribuídos ao jornal, em virtude dessa matéria. Quantos devem ter pulado essa parte, para não ter que ler isso. É fato que a capa, dava destaque a uma crítica de José Serra a Dilma: “Governo banca esquadrão de militantes”. Mas, a notícia estava lá.
Eu também gosto de futebol e não sou dos que acham que ganhar a copa não muda nada em nossas vidas. Apesar de, enquanto torcedor do Botafogo do RJ, não ter tido a oportunidade de comemorar muitos títulos durante minha breve existência neste mundo, sou defensor de que todos curtam este momento. Pintemos os rostos, enfeitemos nossas casas e ruas, compremos camisas da seleção, sintamos mais orgulho ainda de sermos brasileiros. Afinal de contas, somos os melhores do mundo no futebol! E agora, um pouco menos pobres...