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domingo, 15 de maio de 2016

Defender a Assistência Farmacêutica é obrigação de todos os farmacêuticos e do povo brasileiro!

Do site do Sindicato dos Farmacêuticos do Rio Grande do Sul. Fonte: http://www.sindifars.com.br/#!assistncia-farmacutica-/cvow

A assistência farmacêutica no Brasil seguiu uma trajetória lenta, que após 2003, ganhou impulso no Brasil.

Em 1971 foi criada a CEME, central que tinha por objetivo promover e organizar o fornecimento, por preços acessíveis, de medicamentos de uso humano aos que não puderem, por suas condições econômicas, adquiri-los a preços comuns no mercado.  Que em 1997 foi extinto por ter tido desvirtuado o objetivo central, além de ter trazido desperdícios de recursos públicos e desestruturação geral do serviço.

Em 1975, para a racionalização da política de medicamentos foi homologada a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME).

Em 1988, foi realizado o I Encontro Nacional de Assistência  Farmacêutica, no qual os profissionais discutiram um novo conceito de Assistência Farmacêutica que não se restringisse ao binômio produção/distribuição, e sim que contemplasse os princípios da universalidade, equidade, descentralização e hierarquização e que refletisse um conjunto de procedimentos necessários à promoção, prevenção e recuperação da saúde no nível individual ou coletivo, centrado no medicamento.

Com o movimento da reforma sanitária e a realização da 8ª Conferência Nacional de Saúde o relatório final, no tocante sobre os medicamentos, propôs a necessidade de ampliar a presença estatal na produção farmacêutica, a proibição da propaganda comercial de medicamentos, fiscalização rigorosa da qualidade e comercialização pela vigilância sanitária
Neste processo de redemocratização no Brasil, a Constituição Federal trouxe a saúde como direito e dever do Estado, a Lei 8080/90, incluiu a assistência farmacêutica como direito de todo cidadão brasileiro e o Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado com princípios avançados e abrangentes a todo povo.

Em 2002, a Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) discutia no seu congresso a realidade à época. Claramente estava evidenciada uma  política governamental responsável  por ações que impediam o desenvolvimento de uma Política de Medicamentos e de Assistência Farmacêutica, as quais estão demonstradas: na falta de uma política industrial e de P&D, pública e privada ; na falta de um órgão que coordene a aplicação de uma política de assistência farmacêutica e de medicamentos e inexistência de uma política sólida e consequente para a formação de recursos humanos capacitados e comprometidos com o SUS. No caráter eminentemente mercadológico que se confere ao medicamento no país, visto:  a desvinculação dos estabelecimentos comerciais do sistema de saúde; a prevalência da marca sobre o nome genérico; a falta de um efetivo controle de preços para o setor, com exagerada liberdade e impunidade que se confere às transacionais e a aprovação da Lei das Patentes. Embora existisse uma referência legal sobre a política de Medicamentos (Portaria 3.916/MS/98), privilegia-se a prática dos programas isolados, com financiamento extemporâneo, sujeitos à vontade política dos gestores, com coordenação não articulada e paralelos às ações inerentes ao Sistema Único de Saúde.

Neste contexto, e vontade política à época, foi criada a  Secretária da Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos e o Departamento de Assistência Farmacêutica no Ministério da Saúde. Em 2003 foi realizada a 1ª Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica. Momento estratégico, que culminou na aprovação de Resolução do Conselho Nacional de Saúde, em 2004, de uma Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF), que no seus treze eixos, traz a transversalidade do uso racional de medicamentos.

Esta construção, o desenvolvimento e consolidação da Política Nacional de Assistência Farmacêutica contou, até o dia 12 de maio de 2016, com competentes colegas farmacêuticos, que atuaram no DAF como diretores ou mesmo responsáveis por programas, como Norberto Rech, Dirceu Barbano, Manoel da Cruz Santos, José Miguel do Nascimento Júnior , Jamaira Giora, Roberto Klasmann, Marco Aurélio Pereira, Luiz Henrique Costa, dentre outros. Que através de suas lideranças e junto a outros colegas farmacêuticos e outros profissionais concretizaram os avanços da Assistência Farmacêutica, que foi executados nos municípios e nos estados com farmacêuticos comprometidos com o SUS e, essencialmente, com a própria assistência farmacêutica.

Claro que após 11 anos da publicação da PNAF muito ainda precisa avançar. Ainda vivemos num período com foco no produto, e não na racionalidade do uso do medicamento. Mas são nítidos os avanços e o destaque e valorização do trabalho farmacêutico, bem como o atendimento qualificado à população brasileira.

Mas a partir do dia de hoje, nos vemos num grande vago, sem saber se a PNAF de fato seguirá ser implementada, e os subsídios serão cumpridos aos estados e aos municípios.

Assumiu como Ministro da Saúde, no governo interino de Michel Temer, Ricardo Barros.

Ricardo Barros nasceu em Maringá, em 1959, e se formou em engenharia civil pela Universidade Estadual de Maringá. E agora assume a pasta da saúde, claramente numa indicação política e sem acúmulo ou competência para o assunto. Deste modo, o Sindicato dos Farmacêuticos no Estado do Rio Grande do Sul (Sindifars) estará em estado de alerta e conclama a todos os farmacêuticos e cidadãos brasileiros que se mantenham atentos para que não ocorram retrocessos, e que prevaleça a consciência de que o SUS, como a assistência farmacêutica ,são Direitos do Povo Brasileiro.

Diretoria Sindifars
13/05/2016

quarta-feira, 9 de março de 2016

10 anos do Programa Aqui Tem Farmácia Popular - Discurso de lançamento.

No dia 09 de março de 2006 entrou em vigor a expansão do Programa Farmácia Popular para os estabelecimentos privados, denominado "Aqui Tem Farmácia Popular". 10 anos depois os números apontam o quão foi acertada a decisão, considerando ser ele uma alternativa de acesso aos medicamentos essenciais, eixo estratégico da Política Nacional de Assistência Farmacêutica.
Abaixo o discurso do Presidente Lula, na cerimônia de lançamento do Programa. Diga-se de passagem, um discurso visionário!


Discurso do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia de lançamento da expansão do Programa Farmácia Popular do Brasil

Palácio do Planalto-DF, 23 de março de 2006.

"Bem, eu estou lançando a consagração de um trabalho feito pelos nossos companheiros do Ministério da Saúde, da Anvisa e da Casa Civil, e é um projeto que não é em benefício próprio, porque eu não sou hipertenso e não sou diabético. Eu vim com o paletó aberto, aqui, para vocês perceberem que é fácil a gente deixar de ser hipertenso e diabético, com um pouco de esforço físico.

E também não vou falar de outro assunto aqui, porque eu quero marcar os meus agradecimentos aos donos das cadeias de farmácias, que resolveram assumir esta boa tarefa para o povo brasileiro. Nós começamos a construir as farmácias populares e vamos terminar, de tantas que falta a gente construir, mas isso era um pouco incompreendido pela sociedade: por que eu tenho que sair para ir numa Farmácia Popular, se perto da minha casa eu passo em duas farmácias antes de chegar à Farmácia Popular? Porque essa farmácia aqui não pode ter o remédio que eu preciso comprar, a preços compatíveis com as minhas necessidades?

Eu fiquei muito agradecido quando o meu companheiro, ministro Saraiva Felipe, comunicou-me que estava tendo a possibilidade de um acordo com as redes de farmácias. Então, é um avanço extraordinário, porque as farmácias estarão mais à disposição do cidadão, não apenas para comprar esses remédios, mas eu sempre fico torcendo para as pessoas irem à farmácia comprar perfume, comprar outra coisa e menos remédios.

Mas independentemente da minha vontade, as pessoas precisam de remédio. E eu penso que é uma marca que vai ficar para a história da saúde no Brasil. Nós, hoje, estamos atingindo, como disse ali na televisão, 1.213 farmácias. O importante é o que o nosso companheiro disse, do Ministério da Saúde, que qualquer farmácia pode ser conveniada: a farmácia da periferia mais longínqua, do lugar mais longínquo do Brasil, se tiver energia elétrica e um computador, se estiver cumprido as exigências do Ministério da Saúde ou da Anvisa para funcionar, essa farmácia poderá estar conectada ao sistema e poderá fazer o mesmo que faz uma farmácia que está encostada ao Ministério da Saúde, aqui em Brasília.
Então, prestem atenção no que pode acontecer. Em poucos meses... vejam, nós estamos saindo de 121 para 1.213, e em pouco tempo a gente pode sair de 1.213 para 15 mil, para 20 mil, para 30 mil farmácias, chegando à totalidade das farmácias brasileiras e, portanto, atendendo à totalidade das pessoas que precisam desse remédio.

E por que durante muito tempo eu pensei nisso? É porque nas minhas andanças pelo Brasil, ao longo de muitos e muitos anos, a coisa que mais me preocupava – e aqui eu estou vendo companheiros médicos – era uma pessoa sair do médico com uma receita na mão, passar numa farmácia, olhar o preço do remédio e dizer para o farmacêutico: “depois eu venho buscar.” Levava a receita para casa, colocava a receita dentro do armário ou no criado e muitas vezes não ia buscar, ou porque não tinha o dinheiro para buscar ou porque, muitas vezes, morria antes de ter o dinheiro. Essa é uma realidade visível nos dias de hoje.
E nós temos farmacêuticos espalhados por este país afora que, muitas vezes, dão até remédio de graça para um coitado que não pode pagar. Muitas vezes, quando você vê uma mãe ir atrás de um remédio ou um senhor de idade, ou uma senhora, aí você sabe que ele não vai voltar, porque quando a gente pergunta o preço e não compra é porque a gente não tem dinheiro. Isso vale para remédio, para sapato, para roupa, ou seja, se a gente perguntou o preço e não mandou embrulhar, é porque a gente não vai levar. E, sobretudo, remédio, porque quando você sai do médico e não conseguiu receber aquele remédio, o médico te deu aquela receita para você começar a tomar ontem, não para você começar a tomar daqui a um mês. E, lamentavelmente, não há possibilidade ainda, os médicos e a tecnologia não avançaram tanto, a ponto de a gente falar para a doença: olhe, espere um pouco, quando eu tiver dinheiro você volta a me atacar que eu vou tomar o remédio para lhe combater. Não chegamos a esse ponto ainda, espero um dia chegar.

Então, o que está sendo lançado hoje aqui, eu sei que foi muito duro, sei de muitas horas de reuniões, de conversas, foi um trabalho que, eu tenho certeza, as pessoas que têm hipertensão e diabetes, nesse primeiro momento, serão eternamente agradecidas ao esforço que cada um de vocês fez. E, obviamente, que nós temos muito para avançar.
Eu vi, ali, na exposição, um remédio que custa na farmácia 111 reais, e que o seu pai, Marinho, vai poder comprar por 11 reais. Uma coisa grave é que muitas vezes as pessoas gastam uma parte do seu salário nesse remédio, sobretudo nas cidades em que as pessoas vivem com o salário da Aposentadoria Rural. Quando a pessoa recebe os seus 300 reais, uma parte... Veja, se ela tiver que gastar 111 reais num remédio, foi um terço do seu salário. Ela agora vai poder, com 11 reais, comprar um remédio que comprava por 111, ou vai poder comprar com três reais o remédio que comprava com 37.

Possivelmente, no meio de nós, quem nunca teve esse problema não tem sequer a menor dimensão da alegria e de quanto as pessoas vão abençoar vocês, quanto entrarem na farmácia, pedirem aquele remédio e perceberem que estão pagando 90%, 80% mais barato do que pagavam antes, é um ganho extraordinário. Nós, seguindo a orientação dos nossos especialistas, pegamos alguns tipos de remédio que são mais utilizados por um tipo de doença, que envolve um contingente muito grande de pessoas. E, hoje, no caso da hipertensão, não são apenas as pessoas da terceira idade, como habitualmente 20 anos atrás a gente imaginava que era. Eu estou vendo um monte de pessoas, novas ainda, já tomando a pastilhinha, colocando debaixo da boca para abaixar a pressão.

Eu sonho – já tinha falado com o Humberto, falei com o Saraiva – que um dia a gente vai conseguir, além de tudo isso, fazer com que cada um de nós assuma o compromisso de andar uma hora por dia. Não tem horário, não tem que ser cedo, não tem que ser à tarde, não tem que ser à noite, é na hora que pode. Da mesma forma que você atende outras necessidades do corpo humano, você tem que atender essa necessidade. Eu, inclusive, acho que esse é um processo de educação. Ontem, eu até brinquei com os nossos companheiros da Saúde, que a gente deveria fazer uma cartilha para a escola e dar para as crianças cobrarem dos avós e dos pais. A gente pode ter divergência entre ministros, entre deputados, entre irmãos, mas quando um filho pede para um pai fazer uma coisa, ou pede para um avô ou avó fazer uma coisa, eu duvido que a gente recuse, sobretudo se for neto. Se tem uma coisa que avô sabe fazer é ser dengoso, com os netos, como ele não foi com os filhos dele. E será ainda mais ainda com os tataranetos, com os bisnetos.

Então, o lançamento deste Programa... tem estado que ainda não tem, não é, Saraiva? Nós temos estados que não têm farmácias ligadas à cadeia que está conveniada agora, hoje. Mas os estados que ainda não têm poderão ter, a partir de amanhã. Na hora em que for publicado no Diário Oficial, se o cidadão tiver um computador, tiver cumprido as regras para criar a farmácia e tiver um telefone, ele faz a ligação, entra direto aqui e já está pronto, aí ele já pode vender em qualquer estado, em qualquer cidade do Brasil.

Neste momento, para não dizer que é só Minas Gerais, Dr. Rosinha, eu vou dizer o seguinte: o estado do Paraná vai começar com 102 farmácias populares, das quais 70 serão em Curitiba. Na capital serão 70 e, depois, mais 12 municípios fora da capital, terão Farmácia Popular, porque estão nessa rede de farmácias conveniadas. Mas se você fizer um trabalho lá de incentivo, a gente pode ter, em dois meses, todas as farmácias de todas as cidades do estado do Paraná conveniadas e participando disso aqui.

O Rio Grande do Sul vai começar com 142 farmácias, das quais 68 estão na capital e 49 em outras cidades do interior. Minas Gerais vai começar com 103 farmácias, das quais 57 na capital e 30 em outras cidades. Rio de Janeiro vai começar com 176 farmácias, das quais 138 serão na capital, e 21 em outras cidades. E São Paulo vai começar com 490 farmácias, porque parece que as redes estão mais fortes em São Paulo. São Paulo vai começar com 490 farmácias, a capital vai ter 287 farmácias, e o interior vai ter 60.

Isso significa o quê? Isso significa que vai ficar muito mais fácil a pessoa que mora numa cidade grande, que tem uma periferia grande, encontrar, próxima da sua vila, da sua casa, uma farmácia que está conveniada, porque outras poderão entrar. Ao invés de a pessoa sair, pegar um ônibus para localizar uma farmácia que vende remédio mais barato, a farmácia vai procurar a pessoa na sua vila e dizer: “estou aqui, por favor, compre de mim.” Aí o cidadão vai poder tomar o seu remédio mais barato.

Eu acho que tem determinadas coisas num programa como esse, que é a realização de um sonho. Essa é a realização de um sonho porque somente quem guardou uma receita no armário, no criado-mudo, sabe o valor disso. Somente quem guardou é que sabe o valor disso aqui.

Quando eu viajava muito, as pessoas entregavam para mim assim: as pessoas pegavam um papelzinho deste tamaninho, entregavam assim, dobrado na mão, como se fosse um segredo de estado. Quando eu pegava, abria, estava escrito lá: “por favor – eu não era Presidente, estava longe ainda de ser – Lula, me ajuda a comprar esse remédio.” Às vezes a gente ajudava, às vezes não ajudava, porque também não podia ajudar. Eu acho que agora o governo, através das nossas políticas de saúde, encontrou um jeito de começar a dizer: para a grande parte das doenças de uso contínuo, para as pessoas que precisam comprar remédio todo mês, não vai precisar mais ficar com a receitinha na mão, porque vai poder entrar em qualquer farmácia e comprar o remédio a preço barato. Este é um fato importante.

Os nossos companheiros da Fiocruz sabem da relevância dos investimentos que estamos fazendo para a gente produzir mais remédios, porque a gente pode aumentar o número de remédios. A gente só não vai produzir remédio para vender na Farmácia Popular se for remédio para não cair cabelo, por exemplo, não vamos fazer. Mas a gente vai ter que avançar, porque tem outras necessidades.

Então, eu estou feliz. O Ceará, Secretário – Vossa Excelência que acaba de ser eleito hoje Secretário-Presidente da entidade que representa os secretários de Saúde – o seu estado, o Ceará, vai ter 49 farmácias populares, da quais 32 serão em Fortaleza. Isso, um dia só que você ganhou, já ganhou tudo isso aqui de farmácia.

A Bahia, Jaques Wagner, para você saber, a Bahia vai ter 29, começa hoje com 29. Amanhã já tem, se quiser comprar. Vai ter em 21 Salvador. Deixa eu ver quem mais está aqui? Rio de Janeiro, já falei. Alagoas, deixa eu ver Alagoas aqui. Rio Grande do Norte? Alagoas vai ter sete, as sete na capital, mas pode, daqui a um mês, se você trabalhar um pouco, João Caldas, ter 80, ter 100, porque não é ficar esperando o Ministério.

Este Programa é importante, porque se uma pessoa sair à noite para comprar o remédio, chegar na farmácia e não tiver aquele selinho, ali, de Farmácia Popular, o cidadão vai falar: “escuta aqui, por que você não se inscreveu? Por que você não entrou em contato com o governo para vender esse remédio para a gente? Então, a própria sociedade... Eu quero ver um farmacêutico, por mais esperto que seja, quando uma cidadã de 70 anos entrar na farmácia com a receita e não tiver o selinho lá, e ela falar: “escuta aqui, porque você não fez o convênio ainda?” E podem ficar certos que o farmacêutico vai falar: “não, espere aí, que eu vou fazer, eu vou fazer porque eu não quero três ou quatro desses aqui... deixando de fazer”. Rio Grande do Norte, 11, das quais nove na capital e três... Mas, nossa prefeita de Mossoró, nossos deputados do Rio Grande do Norte, é o seguinte: podem chegar amanhã, procurar e reunir todos os farmacêuticos da cidade e falar: vocês cumprem as exigências? Têm aquilo lá? Têm telefone? Têm computador? Podem entrar hoje e na semana que vem já estarão inauguradas. E é uma coisa interessante, porque não vai precisar nem de inauguração nem de político lá, fazendo discurso. É direto entre a sociedade e o farmacêutico, não vai ter ninguém lá, palanque, não vai ter nada disso.

Saraiva, o Humberto Costa, que começou a Farmácia Popular, não está aqui, mas eu quero terminar dizendo o seguinte – companheiros da Saúde, todos vocês, companheiros empresários do setor de farmácia que pertencem a essa rede que fez o convênio com o governo, ministros –, eu quero dizer para vocês: guardem esta data. Deputados, vocês que fazem parte da bancada de médicos da Câmara, porque a Câmara tem um partido próprio – o partido dos médicos, da saúde, é um partido próprio – a única coisa que dá unanimidade lá é não mexer na saúde.

Eu quero dizer que vocês estão de parabéns. Podem ficar certos de que, a partir de amanhã, depois de amanhã, quando as pessoas entrarem numa farmácia e tiverem acesso àquilo que para elas é mais sagrado, mesmo que elas não conheçam vocês, mesmo que elas nunca tenham visto vocês, vocês vão dormir mais leves, porque vocês fizeram um bem incomensurável para um ser humano, sem pedir cartão de visita, sem pedir nada. Ela não conhece ninguém, ela fez, ela vai comprar. Então, é uma coisa realmente importante. Eu tinha muita coisa para falar, mas não vou falar mais. Eu só vou falar do Farmácia Popular, porque quando nós pensamos no dentista, a coisa que também mais me incomodava no Brasil, Nilcéa, você que é médica, doutora, reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a coisa que mais me incomodava no Brasil é que a unha do dedão do pé era tratada como uma questão de saúde pública e a boca não era. O que mais me incomodava, neste país, era isso.

Então, nós fizemos o Brasil Sorridente, que eu acho que é uma revolução neste país. Eu fui diretor do departamento médico do Sindicato. Lá, Greenhalg, às vezes, segunda-feira, isso 30 anos atrás, o trabalhador chegava ao Sindicato e falava: arranca um dente. Não adiantava o dentista dizer: não, não vou arrancar, eu posso recuperar. Não, arranca porque eu ganho o dia, eu não vou trabalhar na segunda se eu levar o atestado de que arranquei, e ganho o dia. Tratamento de canal era uma coisa tão chique que pobre não fazia. Eu ficava vendo um determinado tipo de brasileiro, com aparelho na boca, todo bonitinho, consertando, com arame, elástico, e as coitadas das meninas de 16... Meninas de 16, 17 anos, meninos no Brasil inteiro, não podiam mais rir porque não tinham um dente na boca. Que é do Nordeste, do Norte, da periferia de São Paulo, do Rio de Janeiro, sabe do que eu estou falando. Então, não é justo que essa pessoa não possa tratar o seu dente.

Agora, Saraiva, eu preciso fazer um pouco de publicidade, porque esses dias eu me deparei com uma pessoa se queixando que queria ajuda para tratar de dente, ela mora num lugar que tem e ela não sabia, Se a gente não falar que existe, as pessoas não sabem. E hoje nós estamos dando, através do Brasil Sorridente, Silas, para você e para qualquer pessoa pobre deste país, o direito à ortodontia. Eu demorei muito para aprender esse nome, porque ele é chique, é difícil de falar, isso era coisa para rico, não era para pobre, não.

Então, o que nós estamos fazendo, na verdade é o seguinte, é dizendo a todos os brasileiros e brasileiras: independentemente da sua origem social, independentemente do berço em que você nasceu, na medida em que você virou cidadão ou cidadão deste país, você tem que ter os direitos elementares garantidos. E o direito de tomar o seu remédio e o direito de sorrir são dois direitos sem os quais a Humanidade não seria essa coisa boa que é.


Portanto, parabéns, que Deus abençoe todos vocês por este dia de hoje".

Fonte: http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/ex-presidentes/luiz-inacio-lula-da-silva/discursos/1o-mandato/2006/1o-semestre/23-03-2006-discurso-do-presidente-da-republica-luiz-inacio-lula-da-silva-na-cerimonia-de-lancamento-da-expansao-do-programa-farmacia-popular-do-brasil/view

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Capacitação em Assistência Farmacêutica com o uso da simulação realística

Capacitação em Assistência Farmacêutica para Profissionais do Sistema Único De Saúde (SUS) - Com o Uso da Simulação Realística


O Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF/SCTIE/MS), por meio deste CONVITE, apresenta as normas gerais para o processo de inscrição de candidatos à "CAPACITAÇÃO EM ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA PARA PROFISSIONAIS DO SUS - COM O USO DA SIMULAÇÃO REALÍSTICA", para 2016.
O curso é ofertado na modalidade EAD e presencial, em parceria com o Centro de Simulação Realística do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, com apoio da Associação Brasileira de Educação Farmacêutica (ABEF) e Sociedade Brasileira da Farmácia Hospitalar (SBRAFH), realizado no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS), conforme segue: 

1. Objetivos
Os objetivos da capacitação são fornecer subsídios para o gerenciamento do sistema e dos processos de administração de fármacos aos pacientes, bem como para a análise dos processos de qualidade e segurança na administração de fármacos aos pacientes, em ambiente hospitalar. A capacitação empregará a “Simulação Realística”, uma metodologia de treinamento inovadora, que, por meio de cenários de vivências práticas, replica experiências da vida real e favorece um ambiente participativo e de interatividade.

2. Carga Horária
A carga horária será de 16 horas, sendo 08 horas em formato de Ensino a Distância (EAD) e 08 horas de simulação realística integralizada em um dia de atividade presencial no Centro de Simulação Realística do Hospital Albert Einstein.

3. Público Alvo
Farmacêuticos de hospitais públicos e filantrópicos, serviços de urgência e emergência públicos e filantrópicos, serviços de oncologia públicos e filantrópicos e serviços de atenção psicossocial públicos e filantrópicos, e farmacêuticos docentes de instituições públicas de ensino superior.

4. Distribuição das vagas
Em 2016 serão ofertadas 640 vagas, em 16 edições, com 40 (quarenta) farmacêuticos em cada edição.

5. Inscrição
5.1 Período: 
O período de inscrição será de  18 de dezembro de 2015 a 22 de janeiro de 2016.
5.2 Procedimentos: 
Cada candidato deverá efetivar a sua inscrição via internet, no período informado no item 5.1, por meio do preenchimento da ficha de inscrição (clique aqui), e deverá anexar cópia digitalizada dos documentos citados no item 5.3.
5.3 Documentação exigida: 
a) Carteira de identidade e CPF; 
b) Diploma de graduação (frente e verso); 
c) Declaração de ciência, concordância e liberação para a participação do(a) candidato(a) na capacitação, assinada pelo dirigente da Instituição/Unidade Acadêmica/ Órgão (modelo: clique aqui); 
d) Currículo resumido em, no máximo, duas páginas, especificando área de atuação dentro da instituição.

6. Seleção
Os critérios de seleção serão: 
a) Análise da ficha de inscrição;
b) Análise dos documentos solicitados no item 5.3; 
c) Ordem de inscrição.

7. Resultados da seleção
O DAF/SCTIE/MS responsabilizar-se-á pela seleção e comunicação aos candidatos sobre o status da inscrição (atendida ou não), via site www.saude.gov.br/daf e e-mail.

8. Local de realização e Cronograma
A etapa presencial da capacitação ocorrerá no Centro de Simulação Realística do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, na cidade de São Paulo. As datas das edições do curso serão divulgadas oportunamente.

9. Disposições Gerais
9.1 É de inteira responsabilidade do(a) candidato(a) manter os seus dados cadastrais atualizados.
9.2 Os casos omissos e as situações não previstas serão resolvidos pela Comissão Técnica, composta por representantes do DAF/SCTIE/MS.
9.3 Para os participantes provenientes do Estado de SP receberão o voucher com dados sobre passagem e hospedagem se a distância da cidade de origem para a capital for de 300 km. Para os participantes provenientes da cidade de São Paulo não haverá a cobertura das despesas de transporte e hospedagem.
9.4 Para os participantes provenientes de outras localidades haverá a cobertura do transporte aéreo, hospedagem, alimentação no curso e traslados do hotel até o local do evento e do local do evento ao aeroporto.
9.5 Todos os participantes terão disponibilidade de alimentação no curso.
9.6 Será emitido o certificado de participação com 75% de presença da carga horária do curso EAD e 75% de presença da carga horária do curso presencial.
9.7 Somente os participantes que finalizarem a etapa EAD estarão habilitados para participação na etapa presencial de simulação realística.
9.8 Após o recebimento da confirmação da passagem aérea e da hospedagem, caso o profissional cancele a sua participação, deverá encaminhar justificativa para o e-mailproadi_daf@saude.gov.br. Este poderá ser remanejado para outra edição do curso, mas, neste caso, os custos de transporte aéreo, hospedagem, e traslados serão de responsabilidade do candidato ou da entidade que pertence.

10. Informações
Informações adicionais sobre o curso por meio do correio eletrônico: proadi_daf@saude.gov.br.

Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/277-sctie-raiz/daf-raiz/ceaf-sctie/qualifarsus-raiz/eixo-educacao/l2-eixo-educacao/17784

Programa orienta pacientes da rede pública para o uso correto de medicamentos.


Do site BEM PARANÁ


Estudos nacionais e internacionais estimam que, a cada 100 pessoas acolhidas em serviços de urgência e emergência, de 30 a 40 procuram atendimento devido ao uso incorreto de medicamentos. Para mudar essa realidade, Curitiba está capacitando profissionais da área farmacêutica que atuam na rede municipal de saúde e, por meio deles, reforçando a orientação aos pacientes sobre aspectos como a dose correta, os horários mais adequados para ingerir o medicamento e até a forma de armazenamento. Só este ano já foram realizadas 2.288 consultas farmacêuticas.
A iniciativa faz parte de um programa federal para qualificar o serviço farmacêutico nos equipamentos de saúde, que teve início em Curitiba em abril do ano passado. Hoje, o Programa de Qualificação dos Serviços Farmacêuticos (QualifarSUS) está em andamento na capital paranaense.
Faz parte da iniciativa identificar pacientes que tenham dificuldades no uso medicamentos para que sejam orientados pelos farmacêuticos dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf). “Os profissionais avaliam a real necessidade de consumir esses remédios e evitar sobredoses, já que alguns medicamentos interagem entre si ou com alimentos. É uma nova forma de o farmacêutico aplicar seus conhecimentos na rede do SUS e se aproximar dos pacientes”, afirma a coordenadora de Atenção Farmacêutica da Secretaria Municipal de Curitiba, Beatriz Patriota.
Além de avaliar os medicamentos usados e orientar sobre horários e armazenagem, os profissionais também contribuem com a logística, o controle e a distribuição dos fármacos na rede da Secretria. Na segunda etapa do projeto, iniciada em maio de 2015, o serviço está sendo expandido para as nove unidades de pronto atendimento (UPAs), centros de atendimentos psicossocial (Caps), Maternidade Bairro Novo e centros de especialidades médicas do município, como o Centro de Orientação e Aconselhamento (COA).
“Neste momento, nossos profissionais já estão capacitados e a assistência farmacêutica tem sido feita em toda a rede de atenção básica. Agora, queremos impactar a vida de pessoas que procuram atendimento em outros serviços de saúde, como os de urgência e emergência”, diz Beatriz. Diante de estudo publicado na revista científica internacional Pharmacotherapy, a coordenadora conta que o atendimento e o internamento de 70% dos pacientes que procuram ajuda nos serviços de pronto atendimento por problemas relacionados com medicamentos poderiam ser evitados. A partir dessa informação, estima-se que a economia ao Município giraria em torno de R$ 10,8 milhões caso esses atendimentos não fossem necessários.
Resultados
Desde que o projeto teve início na capital paranaense, em abril de 2014, 4.998 consultas farmacêuticas foram realizadas em unidades básicas de saúde (2.710 em 2014 e 2.288 até o fim de julho de 2015). Os atendimentos de 2014 triplicaram comparados aos 868 registros de 2013. Em relação a 2012 (quando foram realizadas 439 consultas), o número é seis vezes maior. A maior parte dos pacientes tem quadros clínicos de hipertensão, diabetes (tipo 2), dislipidemia e obesidade e faz uso, em média, de sete medicamentos.
“Temos tido um excelente retorno por parte das equipes. O envolvimento dos farmacêuticos nesse processo é muito importante. Esses profissionais têm se dedicado muito a esse novo modelo de atendimento. Eles são valorizados, assim como o conhecimento que têm e a formação que receberam. A intenção é de que a nossa rede atinja a marca de 3,5 mil consultas farmacêuticas nas unidades básicas de saúde neste ano”, afirma o secretário municipal da Saúde, César Monte Serrat Titton.
No primeiro ano de atividades, praticamente todos os usuários atendidos (99%) apresentavam algum problema relacionado ao uso de medicamentos. Outros dados mostram que 89% tinham algum tipo de dificuldade para controlar o consumo dos fármacos, 82% relataram problema de adesão ao tratamento indicado, 47% não possuíam tratamento efetivo, 54% omitiam doses dos medicamentos indicados, 34,2% desistiam do tratamento por conta própria e 32,8% não respeitavam o horário da medicação.
Dez medicamentos
A aposentada Maria Tereza do Nascimento, de 60 anos, e a dona de casa Araci Farias Garcia, 57 anos, têm sido acompanhadas pela farmacêutica Marina Yoshie Miyamoto na Unidade de Saúde Solitude, no bairro Cajuru. Maria Tereza toma diariamente dez medicamentos para controlar o colesterol, a hipertensão e o diabetes. Um dos remédios só passou a fazer o efeito esperado depois que ela passou a ingeri-lo em jejum, orientação que obteve com a consulta farmacêutica. “A gente vê que eles se preocupam com a nossa saúde. É um cuidado melhor”, conta a aposentada.
Já Araci faz uso de cinco medicamentos diferentes. “Acho que dá mais de dez comprimidos por dia e, às vezes, esqueço de tomar algum. É importante ter esse acompanhamento porque a gente não se dá conta da doença que tem. Não é tão simples tomar os medicamentos”, afirma Araci, que trata diabetes e hipertensão. “Grande parte das pessoas não sabe a importância de de controlar a doença e tomar os medicamentos nos horários certos. O tratamento pode não ter efeito”, diz Marina.
A farmacêutica do Nasf ainda destaca a valorização do profissional a partir desse novo modelo de serviço. Há sete anos na rede de saúde, a primeira consulta farmacêutica que fez foi no ano passado. “A gente sente que faz mais parte da equipe para fazer o cuidado integral do paciente. São outras responsabilidades, mas nos sentimos mais valorizados e é muito gratificante ver que estamos fazendo a diferença na vida dos pacientes”, afirma Marina, que atende em quatro unidades de saúde, somando cerca de 80 consultas farmacêuticas por mês.
Exemplo
A experiência de Curitiba no QualifarSUS está retratada nos cadernos da série “Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica”, que teve o quarto volume lançado pelo Ministério da Saúde em fevereiro deste ano. O programa federal foi instituído em 2012 pelo Ministério da Saúde e está estruturado em quatro eixos: estrutura, educação, informação e cuidado. Curitiba deu espaço a um projeto-piloto que contemplou principalmente o eixo do cuidado e os resultados obtidos servirão de exemplo para que a iniciativa seja reproduzida em outros municípios brasileiros.
Neste momento, a estratégia de qualificação da assistência farmacêutica está em curso em Recife (PE), Betim (MG) e Lagoa Santa (MG). “Não adianta ofertar o medicamento se a população não faz o uso correto e não tem a efetividade para o tratamento”, afirma o secretário nacional de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Adriano Massuda.
Para o QualifarSUS ser implantado em Curitiba, foram investidos R$ 870 mil em recursos federais.
Fonte: https://www.bemparana.com.br/noticia/407027/programa-orienta-pacientes-da-rede-publica-para-o-uso-correto-de-medicamentos

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Portaria institui GT de Assistência Farmacêutica em pediatria.



PORTARIA No- 62, DE 15 DE OUTUBRO DE 2015
Institui Grupo de Trabalho de Assistência Farmacêutica em pediatria.


O SECRETÁRIO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS, no uso de suas atribuições legais, e

Considerando o artigo 227 da Constituição Federal de 1988, que define como dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, a efetivação de seus direitos, reafirmado no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre a proteção integral;

Considerando a Portaria GM/MS n.º 1.459, de 24 de junho de 2011, que institui no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha, que consiste numa rede de cuidados que visa assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como à criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento saudáveis;

Considerando a Portaria GM/MS n.º 399, de 22 de fevereiro de 2006, que aprova as Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde 2006;

Considerando a Resolução n.º 338, de 6 de maio de 2004, do Conselho Nacional de Saúde, que aprovou a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, com definição de seus princípios e eixos estratégicos;

Considerando a Portaria n.º 1.130, de 5 de agosto de 2015 que institui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS);

Considerando a Portaria GM/MS n.º 1, de abril de 2013, que Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), com a definição da necessidade de se desenvolver estratégias, produtos e ações direcionadas aos gestores, profissionais e usuários da saúde
sobre segurança do paciente;

Considerando a necessidade de promover a integralidade da atenção e cuidado da criança, na perspectiva da melhoria de sua qualidade de vida e redução da morbimortalidade na infância no País;

Considerando a importância da promoção de medidas que garantam o uso seguro e racional de medicamentos; e Considerando a importância de estabelecer diretrizes que garantam melhorias na gestão de modo que as instituições operem com maior eficiência e qualidade, resolve:

Art. 1º Instituir Grupo de Trabalho com a finalidade de identificar as necessidades de medicamentos em formas farmacêuticas adequadas a população pediátrica e propor diretrizes e estratégias para disponibilização dos mesmos.

§ 1º O Grupo de Trabalho de que trata este artigo será composto pelos representantes (titular e suplente) das áreas e entidades abaixo relacionadas, atuando sob a coordenação do primeiro:

I. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF/SCTIE/MS);
II. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde (DGITS/SCTIE/MS);
III. Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde (DECIIS/SCTIE/MS);
IV. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES/SAS/MS);
V. Departamento de Atenção Hospitalar e Urgência (DAHU/SAS/MS);
VI. Departamento de Atenção Especializada e Temática (DAET/SAS/MS);
VII. Departamento de Gestão da Saúde Indígena (DGESI/SESAI/MS);
VIII. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA);
IX. Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS);
X. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp);
XI. Grupo de Pesquisa em Melhores Medicamentos para Crianças (MeMeCri) da Universidade Federal do Ceará (UFC);
XII. Instituto para Práticas Seguras no Uso dos Medicamentos (ISMP Brasil).

§ 2º Para a execução do trabalho deverão ser observados os diferentes níveis de complexidade da assistência prestada e a incorporação tecnológica existente.

§ 3º As funções dos membros do Grupo não serão remuneradas e o seu exercício será considerado de relevância pública.

Art. 2º O Grupo de Trabalho terá prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, prorrogáveis por igual período, a contar da publicação desta Portaria, para apresentar relatório com o diagnóstico das necessidades e com as diretrizes e estratégias.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.


ADRIANO MASSUDA

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Trabalhos sobre "Uso Racional de Medicamentos" são premiados pelo Ministério da Saúde.

No dia 13 de novembro realizou-se a 4a.  edição do Prêmio Nacional de Prêmio Nacional de Incentivo à Promoção do uso Racional de Medicamentos Lenita Wannmacher. Proposto pelo Comitê Nacional para a promoção do Uso Racional de Medicamentos e realizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, através do Departamento de Assistência Farmacêutica - DAF, o prêmio visa promover ações relacionadas ao uso racional de medicamentos, premiando ações desenvolvidas pela academia, serviços de saúde e meios de comunicação. Veja abaixo a repercussão do prêmio: 

Do Blog da Saúde (http://blog.saude.gov.br/)

"O Ministério da Saúde realizou a entrega da IV edição do Prêmio Nacional de Incentivo à Promoção do uso Racional de Medicamentos Lenita Wannmacher. A cerimônia, que é uma iniciativa do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, ocorreu nesta quarta-feira (13) na Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em Brasília.

A iniciativa é um reconhecimento dos trabalhos realizados por profissionais nos serviços de Saúde para estimular a produção acadêmica. “O papel do gestor público da saúde não é apenas distribuir remédios, é principalmente tratar o medicamento como meio de atingir a saúde”, disse o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Carlos Gadelha, durante a cerimônia de premiação.

A Professora Lenita Wannmacher, que dá nome ao prêmio, é uma referência na propagação do uso racional de medicamentos. Médica e autora de cinco livros de farmacologia clínica, a professora - que estava presente à cerimônia - comemora o fato de novos profissionais e acadêmicos estarem engajados na causa do uso racional de medicamentos. “Estou no projeto há dez anos. O prêmio é uma estratégia de reconhecimento aos jovens que continuam trabalhando no desenvolvimento do uso de forma racional de medicamentos para população”, observa Lenita.

Premiados - A grande vencedora na categoria experiência bem-sucedida de profissionais nos serviços de saúde foi Maria Lucia Medeiros Lenz com o trabalho, “Atendimento Sequencial Multiprofissional de Crianças e Adolescentes com Asma em um Serviço de Atenção Primária à Saúde”. Na categoria tese de doutorado, o ganhador foi Anderson Domingues Correa com o trabalho, “Promoção do Ensino sobre o Uso Racional de Medicamentos”. No mestrado,foi Izabela Fulone, com o trabalho “Prevalência de Uso Combinado de Antidepressivos e Benzodiazepínicos no Tratamento de Depressão maior não favorece o Uso Racional: estudo de caso”.

Na categoria monografia de especialização e/ ou residência, a vencedora foi Thaís Ligiéro Braga com o trabalho “Cuidado Farmacêutico em Pacientes Pediátricos no Ambulatório de Cuidados Paliativos do Hospital do Câncer I – Inca/MS”. Na categoria trabalho desenvolvido em entidades/instituições, meios de comunicação e cultura, o tema vencedor foi “Rádio como Veículo para Promoção do Uso Racional de Medicamentos”, tendo como autor Daniel Tenório da Silva. Mirela Duarte Pereira também foi premiada na categoria trabalho em nível de graduação".

Fonte: Vera Stumm / Agência Saúde

O Premio também repercutiu na web rádio saúde. Abaixo a transcrição do áudio, com reportagem de Fábio Ruas:


LOC/REPÓRTER: Foi realizada nesta quarta-feira a quarta edição do Prêmio Nacional de Incentivo à Promoção do uso Racional de Medicamentos Lenita Wannmacher. A cerimônia ocorreu na sede da Organização Pan-Americana da Saúde, em Brasília. A premiação é concedida pelo Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério, Carlos Gadelha, o papel do gestor público da saúde não é apenas distribuir remédios, mas principalmente tratar o medicamento como meio de atingir a saúde.
TEC/SONORA: secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde - Carlos Gadelha
"Nosso objetivo não é comprar e distribuir medicamento. Nosso objetivo é levar saúde ao cidadão, levar cuidado ao cidadão. Então o uso racional, como deve utilizar o medicamento e como não deve usar o medicamento. Então eles humanizam o medicamento. A gente tem o fetiche de achar que o medicamento em si traz saúde. O que traz saúde é um conjunto de práticas, é um modo de viver e o uso de medicamento quando ele é necessário dentro de um contexto geral do cidadão e não apenas o medicamento como uma mágica que vai em si ter o poder de trazer a saúde".
LOC/REPÓRTER: A professora Lenita Wannmacher, que dá nome ao prêmio, é uma referência na divulgação do uso racional de medicamentos. Médica e autora de cinco livros de farmacologia clínica, ela comemora o fato de novos profissionais e acadêmicos estarem engajados na causa do uso racional de medicamentos.
TEC/SONORA: professora - Lenita Wannmacher
"Quando ele se tornou um projeto nacional foi em 2002, mas vejo que transcorreu mais de uma década e nunca morreu. A ideia nunca morreu. O movimento, pelo contrário, ele foi se agrandando. E vejam que o prêmio já é uma outra vertente, é uma outra estratégia também de promoção e de um reconhecimento às pessoas que estão fazendo a promoção do uso racional".
LOC/REPÓRTER: O trabalho "Atendimento Sequencial Multiprofissional de Crianças e Adolescentes com Asma em um Serviço de Atenção Primária à Saúde" foi o vencedor na categoria principal, destinada aos profissionais de saúde. Para conhecer os vencedores de todas as categorias e os trabalhos apresentados acesse www.saude.gov.br.
Para ouvir a matéria, acesse: 


domingo, 9 de junho de 2013

Devemos comemorar: 10 anos de SCTIE...10 anos de DAF!

Em 09 de junho de 2003, o Decreto 4.726 aprovou a “Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério da Saúde”. Este Decreto revogou o Decreto 4.194 de 11 de abril de 2002, que dava ao Ministério da Saúde – MS, uma estrutura diferente da existente hoje. Na antiga estrutura do Ministério da Saúde, o Decreto de 2002, em seu artigo 19 – inciso II, definia como competência do Departamento de Atenção Básica: “normatizar, promover e coordenar a organização da assistência farmacêutica, no âmbito da atenção básica.
O Decreto 4.726, assinado pelo Presidente Lula, alterou a estrutura do Ministério da Saúde. Entre outras alterações, foi criada a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos - SCTIE e seus Departamentos: Departamento de Ciência e Tecnologia, Departamento de Economia da Saúde e Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos - DAF. Depois de muitas alterações, em vigor hoje está o Decreto 7.797 de 30 de agosto de 2012. Hoje a SCTIE é composta, além do DAF, do Departamento de Ciência e Tecnologia – DECIT, do Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde – DECIIS e do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde - DEGITS .
O Decreto 7.797/2012, em seu artigo 28, define as seguintes competências ao DAF:
I - subsidiar a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos na formulação de políticas, diretrizes e metas para as áreas e temas estratégicos, necessários à implementação da Política Nacional de Saúde, no âmbito de suas atribuições;
II - formular e implementar, e coordenar a gestão das Políticas Nacionais de Assistência Farmacêutica e de Medicamentos, incluindo sangue, hemoderivados, vacinas e imunobiológicos, na qualidade de partes integrantes da Política Nacional de Saúde, observados os princípios e as diretrizes do SUS;
III - prestar cooperação técnica para o aperfeiçoamento da capacidade gerencial e operacional de Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, no âmbito de sua atuação;
IV - coordenar a organização e o desenvolvimento de programas, projetos e ações, em áreas e temas de abrangência nacional;
V - normatizar, promover e coordenar a organização da assistência farmacêutica, nos diferentes níveis da atenção à saúde, obedecendo aos princípios e diretrizes do SUS;
VI - programar a aquisição e a distribuição de insumos estratégicos para a saúde, em particular para a assistência farmacêutica, em articulação com o Departamento de Logística em Saúde da Secretaria-Executiva;
VII - propor acordos e convênios com os Estados, os Municípios, e o Distrito Federal para a execução descentralizada de programas e projetos especiais no âmbito do SUS, no limite de suas atribuições;
VIII - orientar, capacitar e promover ações de suporte aos agentes envolvidos no processo de assistência farmacêutica e insumos estratégicos, com vistas à sustentabilidade dos programas e projetos em sua área de atuação;
IX - elaborar e acompanhar a execução de programas e projetos relacionados à produção, à aquisição, à distribuição, à dispensação e ao uso de medicamentos no âmbito do SUS; e
X - coordenar a implementação de ações relacionadas à assistência farmacêutica e ao acesso aos medicamentos no âmbito dos Programas de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde.
A construção da Assistência Farmacêutica no Brasil passa por ter uma Política que cumpra seu papel norteador das ações de Governo, mas principalmente, em ter estruturas que possam efetivá-la. Sendo assim, parabéns para a SCTIE pela ousadia que tens em suas competências e pela sua atribuição, mas também ao DAF, por ter ao longo dos anos ter transformado a Assistência Farmacêutica, de fato, enquanto direito do cidadão.
      Nas próximas postagens sobre os avanços da assistência Farmacêutica no Brasil. Se quiser contribuir, aguardo seu email: oblogdomarcoaurelio@gmail.com. Já recebi uma grande contribuição da amiga Geisa Maria Grijó Farani De Almeida, o projeto intitulado: “PERCEPÇÃO DOS GESTORES PÚBLICOS FRENTE À LEGISLAÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA PUBLICADA DESDE A CRIAÇÃO DO DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E INSUMOS ESTRATÉGICOS/SCTIE/MS”, apresentado à Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Gestão Pública em Assistência Farmacêutica.