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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Trabalhador rural é condenado no Tocantins por importar medicamentos sem registro na Anvisa

Disponível no site do Ministério Público Federal - http://www.mpf.mp.br/
Réu viajava em ônibus de turismo com destino ao Maranhão, quando foi abordado pela PRF portando 50 mil comprimidos de medicamentos do Paraguai
A Justiça Federal no Tocantins condenou o trabalhador rural Laércio da Silva Oliveira por importar 50 mil comprimidos de medicamentos do Paraguai, sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com intuito de vendê-los no Brasil. De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público Federal no Tocantins (MPF/TO), Laércio foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Guaraí, quando viajava num ônibus de turismo com destino a Colinas/MA, portando 40 mil comprimidos de Rheumazin Forte e 10.000 comprimidos de Pramil.
O crime aconteceu em janeiro de 2010. Na época, ao ser flagrado com os medicamentos, Laércio tentou fugir,  mas foi detido pelos agentes da PRF e autuado em flagrante pelo delito, ficando preso por quatro dias. O réu já tinha passagem pela Justiça e estava respondendo a um processo por crime contra a ordem tributária, cometido em 2009, no Maranhão.
Sem registro – Os dois tipos de comprimidos, Rheumazin e Pramil, não possuem registro na Anvisa, portanto seu uso e comercialização são proibidos no território nacional. Apesar disso, esses medicamentos são constantemente apreendidos pelos órgãos de fiscalização e segurança no Brasil, em operações realizadas para inibir a entrada desses produtos no país.
Rheumazin é usado no controle da dor, mas os seus efeitos podem provocar problemas cardíacos, renais, sangramentos no intestino e osteoporose. Já o Pramil é usado como estimulante sexual, e estudos indicam que seu uso pode até provocar acidente vascular cerebral isquêmico. Segundo a Anvisa, geralmente a venda desses medicamentos é feita ilegalmente, por vendedores ambulantes ou farmácias e drogarias que ignoram as regulamentações feitas pela Agência.
Sentença – A juíza substituta da Justiça Federal no Tocantins Gianne de Freitas Andrade condenou Laércio a nove anos e quatro meses de reclusão em regime fechado, mais multa de pouco mais de R$ 2.000,00. O réu poderá recorrer da sentença em liberdade.

Acesse aqui a Sentença.
Fonte: http://www.mpf.mp.br/to/sala-de-imprensa/noticias-to/trabalhador-rural-e-condenado-no-tocantins-por-importar-medicamentos-sem-registro-na-anvisa

quinta-feira, 31 de março de 2016

MPF quer que Pref. cadastre as informações de compras de medicamentos no BPS.

Título original: MPF quer que Prefeitura de Altinópolis (SP) cadastre todas as informações de compras de medicamentos no Banco de Preços em Saúde.
Do site do Ministério Público Federal - http://www.mpf.mp.br/

Ferramenta do Ministério da Saúde torna acessível consulta de preços e inibe a prática de irregularidades na gestão do SUS
O Ministério Público Federal em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, ajuizou ação civil pública contra o Município de Altinópolis para que a Prefeitura atualize, em 15 dias, o sistema que registra e disponibiliza as informações das compras de medicamentos e insumos para saúde – o Banco de Preços em Saúde (BPS). O BPS foi instituído e regulamentado pelo Ministério da Saúde para incrementar os mecanismos de controle que possam reduzir a prática de irregularidades, como atos de corrupção e concorrência ilegítima, na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS).
Após instauração de inquérito civil, em 18 de junho de 2014, o MPF expediu recomendação ao Município de Altinópolis para que os dados de todas as aquisições de insumos de saúde fossem inseridos no BPS em 60 dias, medida que não foi cumprida pela municipalidade. Pesquisa realizada no site em 5 de fevereiro de 2016 mostrou que há mais de ano não é feito o obrigatório lançamento das informações no sistema.
O Município de Altinópolis é signatário do Pacto Pela Saúde – realizado entre a União, estados e municípios –, que, segundo portaria do Ministério da Saúde, implica em exercício simultâneo de prioridades articuladas e integradas em três componentes: pacto pela vida, pacto em defesa do SUS e pacto de gestão do SUS. No escopo deste último, que estabelece a atribuição de cada ente federado na gestão compartilhada do sistema, entre os deveres dos municípios está a alimentação regular de bancos de dados nacionais, como o BPS.
De acordo com o procurador da República Carlos Roberto Diogo Garcia, responsável pela ação, ao descumprir a recomendação do MPF, a prefeitura violou o direito dos cidadãos à informação, previsto constitucionalmente. Além disso, descumpriu normativas do Ministério da Saúde que, além de determinarem o lançamento das informações no BPS, preveem a suspensão de recursos financeiros no caso deste descumprimento.
Pedidos - O MPF pede, em caráter liminar, que o Município de Altinópolis insira no BPS, no prazo de 15 dias, todas as aquisições de medicamentos e insumos de saúde feitas a partir de 18 de agosto de 2014, data de recebimento da recomendação. A Prefeitura também deverá consultar o site para orientar seus processos de aquisição dos referidos medicamentos e insumos, verificando os valores registrados. Esta consulta deverá ser anexada a todo procedimento de compra, seja por licitação ou dispensa. Em caso de descumprimento das medidas, o MPF pede multa de R$ 5 mil ao atual prefeito ou a quem venha a substitui-lo.
Leia a íntegra da ação. O número do processo é 0002118-92.2016.403.6102. Para consultar a tramitação, acesse http://www.jfsp.jus.br/foruns-federais/

Fonte: http://www.mpf.mp.br/sp/sala-de-imprensa/noticias-sp/mpf-quer-que-prefeitura-de-altinopolis-sp-cadastre-todas-as-informacoes-de-compras-de-medicamentos-no-banco-de-precos-em-saude