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sábado, 11 de fevereiro de 2012

A primeira Santa Casa do Brasil....

Desde que cheguei a Brasília tenho sentido saudades da cidade onde passei mais da metade de minha vida, cidade essa que me adotou e que adotei como minha, fruto do tratamento recebido. Alguns rirão com isso, mas nasci num Município próximo de  São Paulo, fui registrado em Tatuapé, na Zona Leste de capital paulista e parti, com 5 anos de idade,  para Niterói (onde me criei) no Rio de Janeiro. Voltei a SP, especificamente para Santos,  com 15 anos (1986), vivendo até 2009. Nesta cidade vivi a maior parte de minha vida, tendo tido uma breve passagem por Piracicaba, durante 6 mêses,  para o início de minha vida universitária.  Em  2010 partí para a Capital Federal.
Tal saudade me fez realizar essa postagem. Com base na minha área de atuação, a saúde, quis compartilhar uma informação que talvez  poucos saibam: Santos tem a primeira Santa Casa do Brasil. Sabia disso? Abaixo, divulgo informação (além da foto feita na década de 70 que ilustra essa postagem),  disponível no site: http://www.scms.org.br/noticia.asp?codigo=619 .

"O maior patrimônio da Santa Casa da Misericórdia de Santos é a sua história, que se confunde com a história da própria cidade. Fundado numa época em que Santos não era sequer uma vila e sim o povoado de Enguaguassu, o então Hospital de Todos os Santos deu origem ao nome da cidade. Por cinco séculos atendeu navegadores, colonos, nativos e escravos, foi destruído mais de uma vez e acompanhou o crescimento do porto, da cidade e do país.
Em 1542, auxiliado pelos prósperos moradores da região, Brás Cubas iniciou a construção do hospital, no sopé do Outeiro de Santa Catarina (onde hoje situa-se a Rua Visconde do Rio Branco), defronte ao edifício da Alfândega, que foi inaugurado em 1º novembro de 1543. Entre 1545 e 1547, o Capitão-Mor Braz Cubas elevou o povoado à categoria de vila com o nome de vila do Porto de Santos.
Em 1597, quando da morte de seu criador, a Vila do Porto de Santos entrou em decadência. Em decorrência, houve um progressivo empobrecimento da comunidade e da Irmandade, de maneira que o hospital chegou a fechar suas portas em 1654.
Em 3 de outubro de 1654, Dom Jeronymo de Athayde, Conde de Athouguia, Governador Geral do Estado do Brasil, fez provisão de recursos financeiros aos Irmãos da Misericórdia de Santos, atendendo petição destes para a construção de novos prédios. Desta forma, os Irmãos puderam concluir, em 1665, a edificação do segundo imóvel e de sua igreja, em lugar que ficou conhecido como Campo da Misericórdia, posteriormente denominado Largo da Misericórdia, Largo da Coroação e, por último, Praça Visconde de Mauá, junto ao prédio da Prefeitura. Com o tempo, o segundo prédio do hospital foi se degradando e a Irmandade se preparou para nova mudança.
Em 1760, a Irmandade da Misericórdia terminou a construção de sua nova igreja junto ao Morro de São Jerônimo, atual Monte Serrat. Chamada inicialmente de igreja de São Jerônimo, foi mais tarde consagrada a São Francisco de Paula, que deu nome à Avenida São Francisco. No período de 1804 a 1830, a Irmandade utilizou o Hospital Militar, onde hoje situa-se a Alfândega, para tratar de trabalhadores do porto com doenças infecciosas.
Em 1835 o Provedor, Capitão Antonio Martins dos Santos, iniciou a construção do terceiro prédio próprio da Santa Casa da Misericórdia de Santos, no sopé do Morro de São Jerônimo, junto à sua igreja de São Francisco de Paula. O médico Cláudio Luiz da Costa, eleito Provedor, inaugurou o hospital em 4 de setembro de 1836.
Em 10 de março de 1928, a propriedade foi atingida por um deslizamento de terras ocorrido na face leste do Monte, que soterrou a parte posterior do hospital e algumas casas próximas. Assim, teve inicio a construção do presente complexo na esplanada do bairro do Jabaquara, longe dos morros para evitar novo desastre. Em 10 de abril de 1928, a Mesa Administrativa da Irmandade, representada pelo Dr. João Carvalhal Filho, na presença de representantes da comunidade, do Bispo Diocesano Dom José Maria Parreira Lara, e do Governador Dr. Júlio Prestes, lançou a pedra fundamental do prédio atual.
Em 2 de julho de 1945, com a presença do Presidente Getulio Dornelles Vargas, realizou-se a solenidade de abertura do estabelecimento que, com capacidade para 1400 leitos, avultava-se como um dos maiores e mais bem equipados da época, no Brasil.
Dessa forma, em 2 de julho de 2006 o edifício comemorou seus 61 anos de existência."