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terça-feira, 11 de outubro de 2016

Farmacêutica diz: "PEC 241 é contra o Brasil"

Título original: PEC 241 é contra o Brasil, por *Vanessa Graziotin
Publicado na Folha de SP - 11/10/2016


Ao promulgar a Constituição Cidadã de 1988, Ulysses Guimarães destacou os avanços ali contidos, sobretudo nos direitos sociais, sublinhando que o Brasil era o "quinto país a implantar o instituto moderno da seguridade, com a integração de ações relativas à saúde, à previdência e à assistência social".
Dr. Ulysses, orgulhoso, apelou para que, no futuro, não houvesse outra Assembleia Nacional Constituinte que colocasse em risco essas conquistas. Passados 28 anos, estamos prestes a ver o desmonte completo desses direitos a partir da PEC 241, patrocinada pelo seu correligionário Michel Temer (PMDB), que congela os gastos públicos por 20 anos, tanto em infraestrutura quanto na área social.
Assim, saúde, educação, assistência social, ciência e tecnologia, esporte, habitação, saneamento, segurança, cultura, agricultura, indústria, meio ambiente, turismo, o Poder Judiciário, o Ministério Público, bem como a política de aumento real do salário mínimo e programas como Bolsa Família, Luz para Todos, Mais Médicos, etc. estarão comprometidos e mesmo inviabilizados.
Esse novo regime fiscal, se aprovado, destruirá as bases do modelo de cidadania alcançado em 1988. Não por acaso, a PGR e o próprio STJ se manifestaram contra a proposta por ser inconstitucional.
E nem poderia ser diferente, na medida em que nasce de um governo ilegítimo, fruto de um "tropeço da democracia", que pretende definir uma política de Estado para os próximos 20 anos.
Estudo da consultoria do Senado, projetando o impacto dessa PEC em saúde e educação de 2015 até 2018, revela números estarrecedores: uma redução de R$ 255,5 bilhões na educação e de R$ 168,2 bilhões na saúde.
E para piorar a situação, as despesas desses setores perderiam seus critérios de proteção com a inversão da lógica constitucional, ou seja, onde há obrigação de gastos mínimos haveria um teto.
Para aprovar a "PEC da Maldade" o "governo" Temer está recorrendo a qualquer expediente, incluindo publicidade farta e enganosa à custa do escasso erário. A pressa de Temer e seus aliados nessa matéria é de natureza ideológica.
Visa reduzir as despesas públicas em investimentos e programas sociais para assegurar a rentabilidade dos especuladores, que, apenas em 2015, embolsaram R$ 501,8 bilhões de juros da dívida, enquanto a despesa com benefícios previdenciários foi de R$ 436,1 bilhões.
Privilegia-se assim o capital rentista em detrimento dos serviços públicos prestados à sociedade.
Se o que está ameaçado são os serviços públicos, direitos dos mais pobres, dos trabalhadores e a nossa Constituição Cidadã, quem vota a favor da PEC 241 vota contra o Brasil!
*Vanessa Graziotin é senadora pelo PC do B do Amazonas. Escreve às terças-feiras no Jornal Folha de São Paulo.
Fonte: https://www.portalaz.com.br/blog/blog-do-murilo/381782/pec-241-e-contra-o-brasil-por-vanessa-graziotin

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Sen. Vanessa Grazziotin diz que governo não vai acabar com a Farmácia Popular

Do site do Senado Federal

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)  afirmou que o governo não vai acabar com o Programa Farmácia Popular, que fornece medicamentos gratuitos para a população como anuncia a imprensa. Ela explicou que a nova proposta do orçamento para 2016 corta apenas a parte do programa que garante remédios mais baratos.
Essa parte do programa subsidia uma lista de medicamentos,  permitindo, assim, que um remédio que custa R$ 40, por exemplo, seja vendido por R$ 2 ou R$ 3. Sem esse subsídio, o remédio voltará a ser vendido pelo preço normal de mercado.
Vanessa Grazziotin disse que lutará para que esse corte seja revisto pelo Congresso Nacional durante a votação do orçamento. Ela ressaltou que, caso contrário, muitas famílias não poderão comprar os remédios de que necessitam.
- Vivemos um problema econômico? Sem dúvida nenhuma. O orçamento precisou sofrer cortes? Precisou, mas não podemos permitir que o corte seja feito aí.  Esse item garante medicamentos a preços acessíveis para o controle da doença de Parkinson, do glaucoma, da osteoporose, do colesterol, além de contraceptivos e de fraldas geriátricas.
Vanessa Grazziotin reforçou a importância da Farmácia Popular, que conta com uma rede de mais de 34.500 farmácias e atende 4.393 municípios.
- É um programa que  ajuda muito a garantir o restabelecimento da saúde dos brasileiros - reforçou a senadora.

Ouça  o discurso feito hoje pela Senadora Vanessa sobre o Programa Farmácia Popular. Clique aqui: AUDIO

Ou assista o vídeo: 




sábado, 7 de março de 2015

Dia Internacional das Mulheres: Farmacêuticas pioneiras.

E chegou o dia 8 de março, dia internacional das mulheres. Nosso Blog parabeniza todas as mulheres e deseja que este seja um dia de avanços nos direitos das mulheres. Desejo que todos os que estão postando imagens de rosas parabenizando-as pelo dia, façam isso ao longo do ano e não apenas hoje. Desejo que os que estão compartilhando poemas sobre as mulheres não os faça apenas agora. Tomara que durante todo o ano lute pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, que não brade aos sete ventos que deveria haver um dia dos homens e que não critique a aprovação do PL 8305/14 que inclui o feminicídio na lista de homicídios qualificados, além de colocá-lo entre os crimes hediondos. Que não parabenize suas companheiras apenas hoje, mas que reconheça que ainda vivemos em uma sociedade machista, em que boa parte dos homens ainda fazem piadas preconceituosas, usam de agressão, sejam elas físicas ou verbais, contra as mulheres. Desejo que os que não elegeram o seu candidato a presidente, na última eleição, façam suas críticas e sua oposição de forma responsável, porém, sem se utilizar de palavras agressivas contra nossa Presidenta, que além de mulher é uma cidadã que merece respeito como qualquer outra pessoa. 

Quero aproveitar esta data para lembrar e homenagear algumas farmacêuticas que foram pioneiras. Queremos lembrar Susan Hayhurst, primeira farmacêutica dos Estados Unidos. Também lembramos e homenageamos Ella Stewart, que quis frequentar a Escola de Farmácia de Pittsburgh, mas foi recebida com discriminação, pois era negra. Apesar de ter que estudar separada de outros alunos, formou-se com notas altas e posteriormente foi licenciada como farmacêutica na Pensilvânia, tornando-se uma das primeiras farmacêuticas negras no país.

 Nossa homenagem também para María de la Asunción Menéndez de Luarca Díaz, uma das primeiras cinco cubanas que concluíram seus estudos em Farmácia na Real Universidade de Havana. Foi a única mulher farmacêutica na Revolução de 1895.

      Homenageamos Anna Louise James (1886-1977), primeira farmacêutica afro-americana no Estado de Connecticut, nos Estados Unidos.. Seu pai foi um escravo que conseguiu fugir das plantações de Virginia aos 16 anos. Perdeu a mãe aos 8 anos de idade. Estudou no Brooklyn College of Pharmacy, onde era a única mulher, vindo a se formar em 1908 e licenciada em 1909. E também destacamos a farmacêutica Szerafina Mária Thinágl, a primeira da Hungria. Destacamos também Carmen Peña, farmacêutica espanhola, por ter sido a primeira mulher eleita para presidir a FIP – Federação Internacional Farmacêutica.

            Esse humilde Blog também quer homenagear as farmacêuticas brasileiras. Muitas são as pioneiras que poderíamos citar, mas gostaríamos de destacar algumas:   Parabéns pelo dia internacional da mulher para a Senadora Vanessa Grazziotin, primeira Senadora Farmacêutica eleita para o Senado Brasileiro. Parabéns também para Gilda Almeida de Souza, primeira mulher a presidir o Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo, entidade fundada também no dia 08 de março de 1946, e a Federação Nacional dos Farmacêuticos – FENAFAR. E nosso parabéns para a Vereadora Jussara Cony, da Câmara Municipal de Porto Alegre, por tudo o que faz em prol da luta dos trabalhadores, das mulheres, pelo fortalecimento do SUS, entre outros, mas por ter sido a primeira mulher a presidir a Associação dos Farmacêuticos do Rio Grande do Sul. 

Fotos: 


           

Susan Hayhurst 

 
 











Ella Stewart









 
 Anna Louise James










Carmen Peña








Vanessa Grazziotin 







Gilda Almeida de Souza 









Jussara Cony 









Fontes:
http://ucsopblog.com/2014/03/21/honoring-the-past-the-first-female-pharmacists/
http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75152010000100013
http://en.wikipedia.org/wiki/Ella_P._Stewart
http://www.shorelinetimes.com/articles/2012/03/09/opinion/doc4f58da12e860f595503254.txt 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3072833
http://www.pharmaceutical-journal.com/news-and-analysis/news-in-brief/first-woman-president-of-fip-elected/20066319.article
http://www.senado.leg.br/senadores/dinamico/paginst/senador558a.asp
http://www.cntu.org.br/cntu/corpo-diretor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jussara_Cony
http://www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto=549&id_coluna=14

 
 
 

segunda-feira, 18 de março de 2013

Medicamentos do SUS devem ter tarja especial.

Tramita no Senado Federal PLS de autoria da Senadora Vanessa Grazziotin, que "determina a obrigatoriedade de uso de tarja de identificação de medicamentos e produtos de interesse para a saúde utilizados no âmbito dos serviços públicos de saúde". O Projeto encontra-se na Comissão de Assuntos Sociais - CAS sob relatoria do Senador Romero Jucá. A matéria consta da pauta da 6a Reunião Ordinária da CAS, que ocorrerá no dia 20 de março.

Veja abaixo a íntegra do Projeto, bem como a Justificação.



Altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção,proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências, para determinar a obrigatoriedade de uso de tarja de identificação de medicamentos e produtos de interesse para a saúde utilizados no âmbito dos serviços públicos de saúde.


O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º O art. 19-T da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, passa a vigorar acrescido dos seguintes inciso III e parágrafo único:
“Art. 19-T. .................................................................................
III – a compra e utilização de medicamentos e produtos de interesse para a saúde que não ostentem de forma visível e indelével, em sua embalagem ou no próprio equipamento, conforme o caso, tarja de identificação com os seguintes dizeres:“Venda proibida. Produto de uso exclusivo do setor público”.
Parágrafo único . A vedação prevista no inciso III do caput não se aplica aos produtos doados ao setor público ou em caso de necessidade de compra para atender a situações de caráter emergencial.”(NR)
Art. 2º Esta Lei entra em vigor após decorridos trezentos e sessenta dias da data de sua publicação.
 
JUSTIFICAÇÃO
 
Prover os serviços de saúde de soluções que impeçam o desvio de bens indispensáveis à assistência à saúde integral e de qualidade assume grande relevância pública, pois vai ao encontro dos anseios da população de ter garantido o direito à saúde inscrito na Constituição Federal.
 
Garantir o direito à saúde significa também prover os meios para que os produtos adquiridos com recursos públicos sejam, de fato, utilizados em sua finalidade precípua. Evitar os desvios, os furtos e a venda ilegal de medicamentos e equipamentos médicos dos serviços de saúde é obrigação dos gestores públicos e torna-se medida ainda mais urgente quando se constatam as insuficiências apresentadas pelos serviços públicos de saúde.
 
É notório o quadro de escassez dos recursos públicos de saúde e de subfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS), que constitui, hoje, o principal limitador à sua expansão e à garantia do direito constitucional à saúde. Além de toda a carência estrutural do sistema público de saúde, o desvio de produtos essenciais para a assistência, como os medicamentos e equipamentos médicos, provoca o agravamento da precariedade das condições em que a assistência à saúde é prestada, ampliando as dificuldades de acesso aos medicamentos e à atenção à saúde em geral.
 
Pela importância da medida proposta, cuja implementação poderá contribuir para a melhoria da assistência prestada no âmbito dos serviços públicos de saúde, conclamamos os nobres Pares a emprestarem o seu apoio à aprovação da presente proposição.
Sala das Sessões, 14 de março de 2012
Senadora VANESSA GRAZZIOTIN
PCdoB/AMAZONAS
 



 

quinta-feira, 15 de março de 2012

"Hospitais poderão ter programa de prevenção de erros de medicação"

A matéria abaixo pode ser encontrada no site:

" Os hospitais podem ser obrigados a instituir Programa de Prevenção de Erros de Medicação (PPEM) e uma Comissão de Prevenção de Erros de Medicação. É o que determina projeto de lei do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) aprovado nesta quarta-feira (14) pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em decisão terminativa.

O Projeto de Lei do Senado (PLS 605/2011) permite que os hospitais constituam comissão única que cuide das infecções hospitalares e dos erros de medicação. Para isso, a proposta modifica a lei que trata do programa de controle de infecções hospitalares (lei 9.431/1997).

A relatora da matéria na CAS, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), ressaltou que a administração de medicamentos é uma atividade multidisciplinar, com envolvimento de profissionais da área de odontologia ou medicina, farmácia e enfermagem. Pelo envolvimento de vários profissionais, observou a senadora, erros podem ser cometidos durante o procedimento. Mesmo o paciente, quando não segue as recomendações prescritas de forma adequada, pode interferir em seu tratamento.

Na avaliação de Vanessa Grazziotin, é preciso prevenir os erros de medicação e não apenas punir os responsáveis, que, muitas vezes, trabalham com problemas estruturais. Ao longo da cadeia de procedimentos, informou, podem acontecer equívocos na prescrição dos remédios, no fornecimento do medicamento à pessoa errada, erros na dose, horário ou via de administração, entre outras falhas.

A senadora ainda observou que os eventos não são inteiramente notificados em razão da abordagem predominantemente repressora, em vez de preventiva. De acordo com estudo da Universidade de São Paulo, cerca de 25% dos erros são relatados pelos profissionais e apenas quando há algum dano ao paciente.

- Se isso ocorre nos grandes centros médicos, é de se imaginar como é a realidade nas instituições desprovidas de recursos. Da mesma forma que a obrigatoriedade da manutenção de programas de controle de infecção hospitalar pelos hospitais brasileiros representou um marco para a profilaxia dessa modalidade de agravo à saúde, espera-se que a criação de programas semelhantes para abordar os erros de medicação tenha o mesmo resultado exitoso – disse Vanessa Grazziotin."

Iara Farias Borges
Agência Senado

Veja a íntegra do PLS 650/2011:

"Altera a Lei nº 9.431, de 6 de janeiro de 1997, que dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção de programa de controle de infecções hospitalares pelos hospitais do País, para incluir a prevenção de erros de medicação.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º A ementa da Lei nº 9.431, de 6 de janeiro de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação: “Dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção de programas de controle de infecções hospitalares e de prevenção de erros de medicação pelos hospitais do País.” (NR)
 Art. 2º A Lei nº 9.431, de 6 de janeiro de 1997, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 1º-A: “Art. 1º-A. Os hospitais do País são obrigados a manter Programa de Prevenção de Erros de Medicação – PPEM.
§ 1° Considera-se programa de prevenção de erros de medicação, para os efeitos desta Lei, o conjunto de ações realizadas com vistas ao desenvolvimento, implantação e monitoramento de políticas, estratégias, tecnologias, procedimentos e medidas de prevenção de erros de medicação.
§ 2°  Para os mesmos efeitos, entende-se por erro de medicação qualquer evento evitável que possa causar ou induzir ao uso inapropriado de medicamento.
Art. 3º o art. 2º da Lei nº 9.431, de 6 de janeiro de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 2º Objetivando a adequada execução dos programas de trata esta Lei, os hospitais deverão constituir:
.....................................................................................................
III – Comissão de Prevenção de Erros de Medicação.” (NR)
Parágrafo único. Para fins de atendimento ao disposto nos arts. 1º, 1º-A e 2º, incisos I e III, desta Lei, poderá ser constituída comissão única.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor trezentos e sessenta e cinco dias após a data de sua publicação."

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Senado questiona a revista "VEJA" sobre o "Victoza"!

A Revista Veja publicou uma matéria que tem gerado grande polêmica. Já comentei isso em outra postagem, quando da divulgação de nota da ANVISA sobre o assunto. Abaixo divulgo manifestações de alguns Senadores sobre o tema.

Suplicy: 'Veja' deve explicar se recebeu para publicar matéria sobre dieta

Em pronunciamento nesta quarta-feira (14), o senador Eduardo Suplicy alertou para os perigos do uso de remédios contra diabetes com a finalidade de emagrecimento. Segundo o senador, matéria publicada na revista Veja sobre o medicamento Victoza provocou corrida às farmácias, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta que há "elevado risco sanitário para a saúde da população".

A reportagem da revista informa que o medicamento é capaz de proporcionar a perda de até 12 quilos em apenas cinco meses. Para Suplicy, o texto não chama a atenção de forma adequada para o cuidado que devem ter os pacientes, já que o remédio é aprovado apenas para o tratamento de diabetes.

O parlamentar chegou a questionar as razões que levaram a revista a publicar o material sobre a dieta milagrosa. Para Suplicy, a revista Veja e a Editora Abril "prestariam um serviço à população" se pudessem informar se a matéria teve caráter publicitário:

- Teria o laboratório pago para que fosse realizada essa matéria? Ou será que essa matéria teve, por parte da Editora Abril, finalidade científica?

O senador leu nota divulgada pela Anvisa no dia 9 de setembro, poucos dias após a publicação da reportagem, com esclarecimentos sobre a finalidade do remédio.

"Em relação a reportagem intitulada 'Parece Milagre', edição número 2.233 da revista VEJA, de 07/09/2011, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclarece que o Victoza é um produto "biológico". Ou seja, trata-se de uma molécula de alta complexidade, de uso injetável, contendo a substância liraglutida. O medicamento, fabricado pelo laboratório Novo Nordisk, foi aprovado pela Anvisa para comercialização no Brasil em março de 2010, com a finalidade de uso específico no tratamento de diabetes tipo 2. Portanto, seu uso não é indicado para emagrecimento", diz o primeiro parágrafo da nota.

Vanessa Graziotin quer que 'Veja' esclareça matéria sobre dieta milagrosa

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) anunciou em Plenário nesta quarta-feira (14) que está preparando uma série de requerimentos de informações a serem encaminhados à revista Veja, à Editora Abril e ao laboratório Novo Nordisk para que expliquem as motivações de uma matéria publicada na semana passada pela revista semanal sobre o uso como emagrecedor do remédio Victoza - destinado a tratamento da diabetes.

A reportagem da revista mostra que o medicamento, novo no mercado, estaria sendo usado para o emagrecimento. A senadora assinalou que, de acordo com a reportagem, o remédio oferece "brandos e passageiros efeitos colaterais", diferentemente do que informou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

- É preciso que haja uma investigação profunda em relação a matérias publicadas na imprensa - afirmou a senadora, sublinhando que, em vez de científicas, há matérias que são meramente publicitárias e que, "em vez de ajudar a população brasileira, o sistema de saúde, podem trazer grandes prejuízos".

Ela admitiu, porém, que empresas privadas não têm obrigação de responder aos seus requerimentos. Vanessa Grazziotin afirmou ter tido conhecimento de que, depois da publicação da matéria, houve grande corrida às farmácias em busca do medicamento para a utilização no emagrecimento. Para a senadora, essa é uma questão grave que o Senado deve "pegar em suas mãos".

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) também tratou do assunto em Plenário. Para o senador de São Paulo, a revista Veja e a Editora Abril "prestariam um serviço à população" se pudessem informar se a matéria teve caráter publicitário.

- Teria o laboratório pago para que fosse realizada essa matéria? Ou será que essa matéria teve, por parte da Editora Abril, finalidade científica?

Marcelo Crivella critica reportagem sobre medicamento usado para perda de peso

Em pronunciamento nesta quarta-feira (14), o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) mostrou preocupação com a reportagem "Parece Milagre", da revista Veja, sobre o medicamento Victoza, que seria capaz de provocar a perda de cerca de até 12 quilos em apenas cinco meses. Segundo o senador, a revista não alertou sobre os riscos do uso do medicamento, indicado para o tratamento de diabetes, por pacientes que querem perder peso.

Crivella afirmou que o remédio foi a "coqueluche das farmácias" nos últimos dias, mas lembrou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nota em que alerta para possíveis problemas que os pacientes podem ter com o medicamento, como alteração da função renal e distúrbios da tireóide.

- A reportagem acabou atraindo a atenção de milhares, dezenas de milhares, centenas de milhares, e eu diria mais: milhões de pessoas, porque a revista acaba passando de mão em mão, e eu não sei se o alerta da Anvisa será também visto por todos os brasileiros que se interessaram por comprar esse'milagre' - alertou.

O senador considera legítimo que os veículos de comunicação queiram dar boas notícias aos leitores, mas afirma que a revista deve ao povo brasileiro uma nova reportagem, desta vez com os riscos do uso do medicamento.

- Eu acho que a Veja está devendo a nós todos, pela importância da revista, pelos anos todos que tem de credibilidade do povo brasileiro, uma outra manchete: "parece milagre, mas não é" - afirmou o senador, que sugeriu a realização de uma audiência pública sobre o tema.

Fonte geral: Agência Senado. Disponível em http://www.senado.gov.br

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Farmacêuticas que nos orgulham!

Mulheres, farmacêuticas e combativas. Essas são algumas das formas com as quais poderia me referenciar às duas personaliades citadas nesta postagem. Mas é só isso? Não! Formadas na luta, são  representantes da população brasileira no Congresso Nacional. Motivo de orgulho para os profissionais farmacêutios (e para os que não são também), essas guerreiras comunistas são exemplos do quanto a política deve ser respeitada e acompanhada. Esse humilde Blog presta uma pequena homenagem à duas mulheres que merecem nosso respeito. E é bom demais saber que são FARMACÊUTICAS!

SENADORA VANESSA GRAZZIOTIN -  "A história de uma vida pública não se constrói da noite para o dia. Para chegar ao patamar em que se encontra hoje, vista em todo o Brasil como uma política ética, honesta, moderna, determinada e corajosa Vanessa Grazziotin travou uma luta sem tréguas durante 32 anos. Uma trajetória que começou nos anos 70, em plena ditadura militar. Se aqueles eram os anos de chumbo, também eram os anos rebeldes e foi lá que, cabelos ao vento, esta catarinense que veio com a família para Manaus aos 15 anos, começou a militar nos movimentos estudantis, sob a bandeira do PCdoB. Muito precisava ser feito para que o Brasil saísse das trevas e retornasse ao Estado do Direito. Muito precisaria ser feito para tirar o Amazonas da condição de “porto de lenha”. E Vanessa começou a trabalhar cedo. Foi aprovada no vestibular para o curso de Farmácia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), onde iniciou a militância no Centro Acadêmico. Em 1982, depois de uma campanha histórica, se elegeu presidente do Diretório Central dos Estudantes, sendo a primeira mulher a conquistar tal façanha. Como líder estudantil – sob o signo da União Nacional dos estudantes (UNE) – lutou pela manutenção do ensino público e gratuito, democratização das Universidades, restaurante universitário e pelo direito á meia passagem estudantil. A cada nova vitória, a trincheira de luta de Vanessa se ampliava ainda mais. Na ordem dia estavam também os desafios em nível nacional, como a luta pelos Direitos da Mulher, a defesa dos  Direitos Humanos, a Causa Indígena,  a Defesa da Floresta, a campanha pela Anistia Ampla, Geral e Irrestrita, as Diretas Já. Vanessa abraçou cada uma dessas bandeiras, se doando por completo. Foi assim ao assumir a diretoria da Associação Profissional dos Professores do Amazonas (APPAM), onde fez história na defesa de melhores condições de trabalho para a sua categoria de Professores. Mas era preciso avançar mais, buscar novas tribunas para continuar a luta. E Vanessa se elegeu em 1988 vereadora de Manaus pelo PCdoB. Foi a segunda mais votada com 4.231 votos.  O feito seria repetido em 1992 quando foi reeleita com 4.231 votos. Em 1996 conquista nas urnas seus terceiro mandato de vereadora, com 16.465 votos. Mas a Câmara Municipal começou a ficar pequena para os horizontes que ela vislumbrava. Em 1998 é eleita a deputada federal mais votada em Manaus e a terceira mais votada no Amazonas. O País começava a descobrir quem era aquela parlamentar que lutava sem trégua em defesa das causas populares. Em 2002, Vanessa dá mais um importante passo em sua carreira vitoriosa, se reelegendo com a segunda maior votação proporcional do país. Foram quase 200 mil votos. Hoje, com o pé na estrada em busca de novo desafio, a parlamentar comunista  está iniciando seu primeiro mandato de Senadora. São 32 anos militando no mesmo partido. Três décadas dedicadas à defesa dos interesses do povo do Amazonas. Toda uma vida lutando  por uma sociedade mais justa."

Imagem extraída de: http://nota10.org.br/curso/ 


DEPUTADA ALICE MAZZUCO PORTUGAL -  "Brasileira, mãe, nascida em Salvador em 16 de maio de 1959, iniciou sua militância política na luta contra o regime autoritário, no seio do movimento estudantil, com sucessivas eleições para o Diretório Acadêmico Ferreira Gomes, da Faculdade de Farmácia da UFBA, entre os anos de 1977 a 1981 e para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da mesma universidade. Teve importante participação na reconstrução da UNE – União Nacional dos Estudantes. Filia-se ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), em 1979. Após a sua formação como Farmacêutica Bioquímica, foi aprovada por concurso para o Hospital Universitário Professor Edgard Santos, da mesma universidade. Militante sindical de destaque, foi diretora da ASSUFBA, FASUBRA e da Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores. Em 1995, eleita deputada estadual pelo PCdoB, para o período de 1995 a 1998, obteve 14.059 votos. Recebeu neste período todos os troféus conferidos pelo Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa da Bahia aos parlamentares que se destacaram. Foi galhardeada com o Troféu Ruy Barbosa como “Melhor Parlamentar da Legislatura”. Reeleita para o parlamento baiano com 27.675 votos para o período de 1999 a 2002, destacou-se como Líder do Bloco da Oposição, mais uma vez premiada pelo Comitê de Imprensa nos anos de 1999 e 2000. Foi titular da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa da Bahia, com atuação destacada em defesa da escola pública e dos profissionais do ensino. Participou durante os dois mandatos de diversas comissões temáticas como a presidência da Comissão Especial de Defesa dos Direitos da Mulher, por dois anos consecutivos, realizando neste período o I e II “Encontro sobre Mulher e Política na Bahia”. Na Assembleia Legislativa, Alice exige a abertura de diversas CPI´s, como as que investigam as fraudes no SUS e Fundef, a extinção do IAPSEB, as irregularidades do Planserv, o rombo do SAC e prostituição infanto-juvenil na Bahia. Denuncia os processos de privatização da Coelba, do Baneb, de hospitais públicos e a extinção da Bahiafarma. Propõe a recriação da Fundação Baiana de Amparo à Pesquisa (FAPESB), a criação do Conselho Estadual do Direito da Mulher. Rebela-se contra toda opressão aos negros, índios e mulheres. Representa com altivez a luta dos professores, estudantes, profissionais de saúde, das mulheres e servidores públicos. Em 2002, Alice Portugal foi eleita deputada federal com 121.043 votos, a terceira maior votação de Salvador e a décima maior votação do estado. Na Câmara dos Deputados, Alice Portugal integrou as Comissões Permanentes de Educação, Cultura e Desporto e de Políticas Públicas para a Juventude, de Trabalho, Administração e Serviço Público; Turismo e Desporto e a CPI contra a exploração sexual de crianças e adolescentes. Reeleita em 2006 passa a integrar, como titular, a Comissão de Educação e Cultura e a suplência da Comissão de Seguridade Social e Família. A atuação da parlamentar priorizou os projetos relacionados à educação e à saúde, aos direitos dos trabalhadores, ao fortalecimento do serviço público, além dos direitos da mulher. Foi coordenadora da bancada feminina, num período em que se consagraram direitos importantes como percentuais de participação feminina na atividade política dos partidos e no funcionamento da Câmara dos Deputados com o reconhecimento da coordenadoria da bancada feminina. Em 2010, após ser incluída entre os 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), reelegeu-se para sua terceira legislatura com 101.588 votos. Em Salvador, conquistou a sexta maior votação entre os deputados federais 46.115 votos, sendo a única mulher eleita para representar a Bahia na Câmara Federal. Atualmente é 3º vice-presidente da Comissão de Educação e Cultura e titular da Comissão Especial que analisa o II Plano Nacional de Educação, membro suplente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviços Públicos e presidenta da Frente Parlamentar da Polícia Rodoviária Federal, dirigente da Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público e também da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica, e das Frentes de Defesa da Educação e dos Hospitais Universitários e da Cultura, dentre outras."